Antiquus Scriptum: Review do The Metal Crypt ao álbum "Immortalis Factus" (Versão Portuguesa)

Como prometido aqui fica a tradução da review que o site norte americano The Metal Crypt fez no passado dia 30 de Dezembro ao álbum de Antiquus Scriptum, "Immortalis Factus". Fiquei espantado, devo confessar, como é que um dos mais exigentes e grandiosos sites de Metal norte americano apadrinharam tão bem o meu projeto e este disco... Ainda bem, estamos aí! 
Humildemente: Sacerdos Magus \m/ O \m/

"Tenho um monte de CDs cá em casa para revisão, e o primeiro da pilha é a reedição do segundo trabalho dos portugueses Antiquus Scriptum, "Immortalis Factus". Embora inicialmente um projeto de um homem só, Sacerdos Magus, hoje parece que ele recrutou uma banda completa, embora tivesse pedido ajuda neste campo a alguns músicos convidados para garantir a sua visão de grandiosidade, quase em estilo Viking Black Metal dá-se a verdadeira e majestosa materialização.

Em mais de uma hora, há um monte de música para digerir aqui e em todo o lançamento muitas idéias são concebidas e é dado tempo para o álbum evoluir e para se poder respirar. A grande riqueza do material adota uma adequada e verdadeira fórmula de Viking / Black Metal, embora os vocais de Magus, bem como uma abordagem variada de composição garante a "Immortalis Factus", que permanece em última análise, um lançamento sedutor. Sinceramente eu devo dizer esse tipo de onda é um pouco fora da minha zona de conforto, gajos como eu geralmente preferem o seu Black Metal mais ortodoxo ou escandinavo. O que vou dizer é que Antiquus Scriptum é um material sem dúvida emocionante, que, pelo menos na minha experiência vai acima de qualquer expectativa ou noções preconcebidas que tenho nos reinos do Viking / Pagan / Battle Black Metal.

Enquanto há alguns notáveis elementos atípicos do seu estilo - por exemplo, excertos de cantos, ruídos do campo de batalha, dedilhados acústicos e, claro, instrumentos folk - Antiquus Scriptum tem uma forte corrente pulsante de grandeza, influências de uma primeira onda de Black Metal que realmente ajuda a ouvir o álbum. Quando Magus coloca o pedal nos riffs de Metal, realmente fá-lo com muita convicção e agressão e o que nos vem à mente logo cedo é Bathory e Celtic Frost. Os seus vocais no entanto, são decididamente estranhos para o estilo. Mais uma vez, algo em comum com a abordagem da primeira onda, o melhor que eu posso descrever os vocais de Magus é imaginarem um Kai Hansen demoníaco. As linhas vocais são latidos de forma Thrash, e apoiadas através de cânticos, rugidos guturais e vocais femininos de elementos convidados. Isto, junto com a maneira pugilística em que uma boa parte do álbum é tocado dá Antiquus Scriptus a sua identidade, colocando-os para além de alguns dos seus contemporâneos, e, servindo de mais valia para a firmeza da banda - pelo menos eu acho isso.

É claro que por aquilo que eu disse Antiquus Scriptum mantém-se afastado dos seus contemporâneos. Liricamente eles abordam a maioria das bases necessárias, do antigo folclore escandinavo para assuntos mais blasfemos. As letras são divididas entre inglês e português, o que certamente dá variação ao disco e eu posso imaginar que possuem grande apelo. Quanto ao resto, é muito poderoso, temas longos bem divididos com faixas mais curtas tipo interlúdios, e autênticas bombas como é o caso de "Inner Depression (Syndromes Of Fear)".

Ao longo que o álbum se vai desenrolando eu não posso criticar muito Antiquus Scriptum. Este material necessita de um pouco de tempo e atenção para se apreciar plenamente, mas sem dúvida, vale a pena no final, embora eu poderia imaginar um álbum de 45 minutos com mais foco para o lado violento da banda seria algo digno de ser visto. Eu acho que não é isso que Sacerdos Magus pretenderá, no entanto. De qualquer maneira "Immortalis Factus" é definitivamente um álbum digno de atenção, especialmente se somos fans deste estilo particular de Black Metal. Há muita abundância de charme Underground aqui, com alguma estranheza e originalidade suficiente para definir Antiquus Scriptum além dos demais. Vale a pena investigar!"

(Christopher Foley - The Metal Crypt, 3.5 / 5).